No nosso primeiro artigo, “Parte 1: Linux para Iniciantes – O que é Linha de Comando [CLI]“, exploramos os fundamentos do terminal, ou CLI (Command Line Interface), de maneira leve e descomplicada. Se você seguiu conosco até aqui, já deve estar se sentindo mais confortável ao abrir o terminal e digitar alguns comandos básicos. E caso você tenha perdido a parte 1 desta série de artigos, não deixe de ler através deste link.
Agora, vamos dar o próximo passo em nossa jornada. Nesta segunda parte, vamos nos aprofundar nas noções básicas do shell, a poderosa ferramenta que serve como intermediária entre você e o sistema operacional. Prepare-se para descobrir como o shell pode tornar suas interações com o Linux ainda mais eficientes e produtivas.
Responda o Quiz no final do artigo para reforçar o conhecimento. O Quiz não exige nenhum cadastro. A finalidade é ajudar você a fixar o que aprendeu hoje.
Noções Básicas do Shell
Podemos dividir os comandos que inserimos no shell basicamente em três:
- Comando que irá ser executado
- Opções para ajustar o comportamento do comando
- Argumentos, que são alvos do comando
O comando é o nome do programa que será executado. Ele pode conter uma ou mais opções que modificam o comportamento do comando que está sendo executado.
Vamos aprofundar um pouco mais usando o comando ls (list) como exemplo, onde iremos usar uma opção do comando ls para listar o conteúdo de um diretório. Porém, os arquivos ocultos pelo sistema apenas serão listados se usarmos a opção a(exibir arquivos ocultos)
A estrutura básica é: comando opção argumento. Vale lembrar que nem sempre a opção é obrigatória.
Podemos utilizar o comando ls /home para listar o conteúdo da pasta home sem nenhuma opção atribuída. Note que, o ls é o comando e /home é o argumento. Ou seja, estou executando o comando que lista o conteúdo da pasta home localizada na raiz do sistema representado pela barra /.
Para realizamos esse mini laboratório, precisamos criar dois arquivos e um deles será oculto:
Vamos criar o primeiro arquivo, o que não é oculto.
renan@clubedoti:~$ touch arquivo_1.txt
E agora, vamos criar o arquivo oculto. Note que o .arquivo_oculto possui um ponto na frente. No Linux é desta maneira que arquivos ocultos pelo sistema são definidos.
renan@clubedoti:~$ touch /home .arquivo_oculto
Ao executar o comando ls (listar), o resultado será o seguinte:
renan@clubedoti:~$ ls /home
arquivo_1.txt
E ao executar o comando ls com a opção a (exibir arquivos ocultos), teremos esse resultado:
renan@clubedoti:~$ ls -a /home
arquivo_1.txt
.arquivo_oculto
Essa foi uma simplificação da estrutura de comandos de shell.
Responda o Quiz e garanta que você aprendeu 😉
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Nos próximos passos iremos aprende mais sobre a execução de comando com o Bash.
Até lá, divirta-se aprendendo.